Este artigo discute algumas das influências no Concerto para violino, percussão e cordas de Lucas Galon. Enquanto compositores como Bartók, Stravinsky e Villa-Lobos desenvolveram um estilo de composição independente e variado, sem adotar nenhum método específico, a autoproclamada mainstream da Segunda Escola Vienense estabeleceu uma forma bastante estruturada e particular de escrever música. Galon parece questionar a mecanização da composição do método dodecafônico, mas valida seu uso como forma de refrear seu impulso criativo. Enquanto o Concerto para Violino Nº 2 de Bartók fornece um modelo estrutural para sua peça, as ferramentas que ele usa para manipular os materiais musicais são extraídas de um uso livre do serialismo e da filosofia e estética da música contemporânea brasileira. O compositor absorve uma variedade de influências ao procurar por sua própria voz.
In this paper, I discuss some of the influences on Lucas Galon’s Concerto for Violin, Percussion and Strings. While composers such as Bartók, Stravinsky and Villa-Lobos followed an independent, more varied compositional style without subscribing to any specific method, the self-proclaimed mainstream of the Second Viennese School established a very structured, particular way of writing music. Galon seems to put into question the mechanization of composition of the dodecaphonic method, but validates its use as a way of refraining his creative impulse. While Bartók’s Violin Concerto Nº 2 provides a framework for his piece, the tools he uses to manipulate the musical materials are drawn from a free use of serialism and Brazilian contemporary music philosophy and aesthetic. The composer uses a blend of influences to search for his on voice.