O presente artigo busca expor, etnograficamente, como classificações estereotipadas de cunho racial são acionadas para estigmatizar a população de um município do Valedo Alto-Médio São Francisco, no norte de Minas Gerais, e como, em um contexto de disputa eleitoral, o sentimento de pertencimento em bases étnico-raciais e classistas emerge entre os habitantes da localidade. A perspectiva adotada investe na descriçãodas práticas de estereótipos que são tomadas em seus aspectos retóricos e pragmáticos.