Lukács trabalho, modos de produção e ontologia

REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE

Endereço:
Avenida João Pinheiro, nº 100, Centro.
Belo Horizonte / MG
30130-180
Site: https://seer.ufmg.br/index.php/revice/index
Telefone: (31) 3409-8620
ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Lukács trabalho, modos de produção e ontologia

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Mariana Alves de Andrade
Autor Correspondente: Mariana Alves de Andrade | [email protected]

Palavras-chave: Ontologia, Trabalho, Economia, Modos de produção, Capitalismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto visa demonstrar, da perspectiva da ontologia do ser social, os aspectos gerais que o movimento imanente das categorias econômicas nascidas do trabalho perfaz historicamente através dos diferentes modos de produção da riqueza material. À luz de Para a ontologia do ser social, do filósofo húngaro György Lukács, buscamos evidenciar as principais mediações econômicas e sociais que intervêm objetivamente para fazer surgir e consolidar a linha evolutiva da crescente socialidade do ser social, cujo princípio determinante é o constante afastamento das barreiras naturais. Veremos que nesse processo é a ação das forças produtivas sobre a sociedade a potência social decisiva que impulsiona o desenvolvimento social como um todo, através do deslocamento crescente da naturalidade operante nas primeiras formações sociais, a ingressar na circulação de mercadorias e, por meio desta, a alcançar a sociabilidade pura do capital. Observaremos, ainda, que o progresso social objetivo a que o imanente desenvolvimento das categorias econômicas conduz, ao chegar ao capitalismo revela tendências fundamentais como o predomínio da mais-valia relativa na extração do trabalho excedente e a manipulação como mediação que articula as necessidades da produção ao consumo de mercadorias, cuja compreensão é imprescindível para o futuro da reprodução social como um todo.



Resumo Inglês:

The present text aims to demonstrate, from the perspective of the ontology of social being, the general aspects that the immanent movement of the economic categories born of labour makes historically through the different modes of production of material wealth. In the light of the Hungarian philosopher György Lukács's For the Ontology of Social Being, we seek to highlight the main economic and social mediations that objectively intervene to bring about and consolidate the evolutionary line of the growing sociality of social being, whose determining principle is the constant removal of natural barriers. We shall see that in this process it is the action of the productive forces on society that is the decisive social power that impels social development as a whole, through the increasing displacement of the naturalness operating in the first social formations, to enter the circulation of commodities and, through this, to achieve the pure sociability of capital. We shall also observe that the objective social progress to which the immanent development of the economic categories leads, on arriving at capitalism, reveals fundamental tendencies such as the predominance of relative surplus value in the extraction of surplus labor and manipulation as a mediation that articulates the needs of production to the consumption of commodities, the understanding of which is indispensable for the future of social reproduction as a whole.



Resumo Espanhol:

El presente texto busca demostrar, desde la perspectiva de la ontología del ser social, los aspectos generales que el movimiento inmanente de las categorías económicas nacidas del trabajo realizan históricamente a través de los diferentes modos de producción de riqueza material. A la luz de La ontología del ser social del filósofo húngaro György Lukács, buscamos evidenciar las principales mediaciones económicas y sociales que intervienen objetivamente para hacer surgir y consolidar la línea evolutiva de la creciente socialización del ser social, cuyo principio determinante es el constante retroceso de las barreras naturales. Veremos que en ese proceso es la acción de las fuerzas productivas sobre la sociedad la potencia social decisiva que impulsa el desarrollo social como un todo, a través del desplazamiento creciente de la naturalidad operante en las primeras formaciones sociales, al ingresar en la circulación de mercancías y, a través de ella, alcanzar la sociabilidad pura del capital. Observaremos, aún, que el progreso social objetivo al que el inmanente desarrollo de las categorías económicas conduce, al llegar al capitalismo, revela tendencias fundamentales como el predominio de la plusvalía relativa en la extracción del trabajo excedente y la manipulación como mediación que articula las necesidades de la producción al consumo de mercancías, cuya comprensión es imprescindible para el futuro de la reproducción social.