Essa contribuição discute o legado de Appia do ponto de vista dos estudos da imagem. Appia rejeitou a perspectiva linear como uma ‘ilusão ótica’ e desenvolveu uma concepção de visualidade na qual, pela primeira vez na história do teatro, a luz assegura que as imagens em cena viram um evento; em vez de apenas aparecer como imagens emolduradas, elas podem agora ser vistas como um enigmático e movimentado “trançado enredado” (Lacan). Concomitantemente, o publico é confrontado agora com a “perspectiva vivida da experiência” (Merleau-Ponty). Como exemplos, o artigo discute dois trabalhos do grupo Hotel Pro Forma, Operation: Orfeu (1993/2007) e Algebra of Place (2006), que reconectam com Appia na época da mídia eletrônica por usarem conceitos de imagem não lineares, como por exemplo, o palimpsesto ou a arabesque.