O presente trabalho tem por objetivo investigar a identidade do envelhecimento a partir das memórias das travestis com idade acima de 40 (quarenta) anos da cidade de Maringá, no Paraná, baseando-se nos estudos da oralidade de suas memórias, bem como a compreensão que as travestis possuem da velhice em relação ao próprio corpo, a visibilidade de ser travesti e como a transformação de seus corpos lhes dá suporte, ou não, para uma resistência à velhice. Pretende, ainda, revelar como se dá a relação do corpo enquanto transformação constante, quais implicações os processos de modificação exerceram, quais as preocupações com o envelhecimento e se o cruzamento entre ser travesti e envelhecimento lhes transportam para uma possível invisibilidade social.