O objetivo deste estudo foi determinar e comparar o limiar anaeróbio (LAn)
obtido por quatro diferentes métodos com o máximo estado estável de lactato (MLSS)
em corredores de endurance. Nove corredores moderadamente treinados realizaram, em
diferentes dias, os seguintes testes: um teste incremental máximo para determinação do
consumo máximo de oxigênio (VO2max), velocidade correspondente ao VO2max (vVO-
2max) e resposta do lactato sanguÃneo e; dois a cinco testes de intensidade constante, com
30 min de duração, para determinação do MLSS. A partir do teste incremental, foram
utilizados quatro métodos de determinação do LAn: LAn1 - velocidade correspondente
a [La] fixa de 3,5 mmol.L-1; LAn2 - velocidade referente a [La] do menor equivalente
[La]-velocidade somado com 1,5 mmol.L-1; LAn3 - velocidade correspondente ao Dmax;
LAn4 - velocidade anterior ao segundo incremento consecutivo de [La] maior que 0,5
mmol.L-1. Não existiram diferenças significativas entre o MLSS e o LAn determinado pelos
quatro métodos estudados. Entretanto, a análise de Bland-Altman expressou a extensão
da discordância entre as variáveis quando os sujeitos foram analisados individualmente.
Houve correlações significativas entre MLSS e LAn1 (r = 0,68; p = 0,04) e entre MLSS e
o LAn2 (r = 0,79; p = 0,01). Assim, apesar de não haver diferença significativa entre os
métodos de determinação do LAn com o MLSS, deve-se ter cautela para utilizá-los de
forma intercambiável.
The aim of this study was to compare anaerobic threshold (AT) as determined
by four different methods with maximal lactate steady state (MLSS) in endurance runners.
Nine moderately trained runners performed the following tests on different days: a maximal
incremental exercise test to determine maximal oxygen uptake (VO2max), velocity at VO-
2max (vVO2max), and blood lactate response; and two to five 30-min constant load tests to
determine MLSS. Based on the incremental test, four methods of AT determination were used:
AT1 – velocity at 3.5 mmol.L-1 blood lactate; AT2 – velocity corresponding to the minimum
lactate-velocity equivalentplus 1.5 mmol.L-1; AT3 – velocity at Dmax; and AT4 – velocity
before the second consecutive blood lactate increase greater than 0.5 mmol.L-1. There were
no significant differences between MLSS and AT as determined by four different methods.
However, the Bland-Altman analysis showed the extent of disagreement between variables
when the subjects were analyzed individually. MLSS was significantly correlated with AT1
(r=0.68; p=0.04) and AT2 (r=0.79; p=0.01). Thus, although no significant differences were
found between AT methods and MLSS, one should be cautious about using these methods
interchangeably.