Este artigo representa o primeiro passo de uma caminhada na direção de proposta original de um currí- culo de ensino superior em Geociências. Partindo do fato que as polêmicas são basilares a qualquer ciência, sendo o debate fundamental ao questionamento dos princípios e ao processo de formação conceitual, e que as periodizações históricas das Geociências constituem instrumentos de alcance limitado à sua compreensão, este artigo visa demonstrar como a fluidez está a atuar sobre as ciências, ajudando a derrubar metanarrativas e desvelar essencialismos. Este trabalho propõe que todo cientista deva: (a) assumir função social diversa da atual, ao trazer, para o centro do debate, vozes dos que estão à margem do saber; (b) democratizar os resultados de suas experiências junto à sociedade, possibilitando ao cidadão comum agenciar suas próprias demandas, tomando por base este conhecimento.
This article is a first step of a walk towards building a proposal for a Geosciences curriculum in higher education. The discussion starts from the fact that controversies are fundamental to any science, and the debate is essential for questioning the principles and improving a conceptual training process. This article aims to demonstrate that the fluidity of today’s world exerts an effective action over science, helping to break down the metanarratives and to reveal essentialisms. A subdivision of the history of Geosciences into periods is also presented, as a limited tool to reach understanding. This paper proposes that every scientist should assume a social function distinct from the current one, bringing to the center of the debate the voices of people situated at the margins of knowledge, while he/she can democratize in society the results of his/her experiences. This may enable the common citizen to agency his/her own demands, based on this knowledge.