O esforço desse artigo é discutir a singularidade da arte e obra de Frida Kahlo, mulher e mexicana, no contexto pós-revolucionário. Para tanto, primeiramente, se faz necessário colocar as perspectivas e os novos dilemas que se abrem durante a Revolução Mexicana como: a necessidade de construção de uma identidade nacional, cuja centralidade é povo, não aquele amorfo, mas, o com rosto indígena e mestiço. Nesse contexto, existe a importância da arte que, com o Muralismo Mexicano, retrata em locais públicos aqueles sujeitos que sempre foram marginais. Nesse ambiente político, cultural e artístico que Frida Kahlo está inserida e que, partir dele – imbricado com suas intensas experiências subjetivas - nasce uma arte extremamente íntima e autobiográfica, mas, ao mesmo tempo, com temáticas e potencialidades universais.