Mídia, gêneros do discurso e transgressão

Caligrama

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ISSN: 22383824
Editor Chefe: César Nardelli Cambraia
Início Publicação: 30/11/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Mídia, gêneros do discurso e transgressão

Ano: 2005 | Volume: 10 | Número: 0

Palavras-chave: Mikhail Bakhtin, gêneros do discurso, análise do discurso, mídia, transgressão, intertextualidade, genres du discours, analyse du discours, media, transgression, intertextualité

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

À luz da concepção de gêneros do discurso de Mikhail Bakhtin, acrescida das contribuições de estudiosos da área de análise do discurso, examinamos, no presente artigo, três textos da mídia, de diferentes gêneros (dois anúncios publicitários e uma tira humorística), procurando enfocá-los do ponto de vista da transgressão, tomada como uma quebra de expectativa ou uma ruptura (desvio, deslocamento) de algum componente do conjunto de restrições – ou de regularidades – inerentes a um dado gênero. Nossa análise aponta para dois tipos diferentes de transgressão: a “intertextualidade intergenérica”, quando ocorre uma hibridização ou uma mescla de gêneros em que um assume a função ou a forma de outro, e a “intertextualidade intragenérica”, em que essa mescla de gêneros se dá no interior de um gênero maior, que não é afetado.



Resumo Francês:

A la lumière de la conception des genres du discours chez Mikhaïl Bakhtin, à laquelle s’ajoutent les contributions de nombre de chercheurs dans le domaine de l’analyse du discours, nous nous proposons d’analyser, dans cet article, trois textes issus des médias appartenant à différents genres, dont deux publicités et une bande dessinée humoristique, sous l’optique de la transgression, prise comme une rupture de l’attente (déplacement) ou d’un élément dans l’ensemble des restrictions – ou régularités – inhérentes à un genre donné. Notre analyse indique deux types distincts de transgression: l’intertextualité inter-générique, lorsqu’il y a une hybridation ou un mélange de genres où un genre assume la fonction ou la forme d’un autre, et l’intertextualité intra-générique, où ce mélange de genres se donne à l’intérieur d’un genre prédominant, qui, à son tour, n’est pas déstabilisé.