Uma realidade morre por mÃngua ou por excesso. O século XVI viveu o esplendor mÃstico nas figuras de Teresa de Ãvila, de João da Cruz e outros. No século seguinte, inicia-se, na figura de Descartes e prossegue com os filósofos da Ilustração, a carreira vigorosa da racionalidade moderna, das idéias claras e distintas, fazendo calar as vozes que não cabiam nos quadros estreitos da razão iluminista. A mÃstica caiu vÃtima dessa avalanche racionalista, sendo silenciada, por pertencer ao departamento dos sentimentos, da irracionalidade emocional, da religiosidade incontrolada.