Este artigo objetiva demonstrar que a maior parte do que fazemos ou sentimos não é
consciente, e que respostas imediatas a estÃmulos internos e externos são oriundas de um conjunto
de respostas automáticas herdadas a partir de matrizes biológicas e aperfeiçoadas durante a vida.
Para tanto, queremos defender a tese segundo a qual o cérebro vem ao mundo não como uma
tabula rasa, mas com certos “programas neurais especializadosâ€. Cumpre, por fim, ressaltar que
nossa proposta não é sustentar que toda pessoa é uma máquina biológica programada para
responder a estÃmulos de forma automática e imediata, mas defender intrinsecamente que o
reconhecimento da existência e da efetividade de processos automáticos e não conscientes não
elimina o papel de nosso aparato cognitivo e a possibilidade de agirmos de forma intencional e
consciente.
This article aims to demonstrate that most of what we do or feel is not conscious, and
that immediate responses to internal and external stimuli are coming from a set of automatic
responses inherited from biological matrices and enhanced throughout life. Therefore, we want
to defend the thesis that the brain comes into the world not as a “blank slateâ€, but with certain
“specialized neural programsâ€. We must finally emphasize that our proposal does not hold that
every person is a biological machine programmed to respond to the stimulus automatically and
immediately, but to defend inherently that the recognition of the existence and effectiveness of
automated and non-conscious processes does not eliminate the role of our cognitive apparatus and
the ability to act intentionally and consciously.
Keywords: consciousness; emotional perception;