O crescente uso dos antineoplásicos orais na terapia do câncer trouxe autonomia ao paciente, mas também gerou grande responsabilidade aos mesmos, uma vez que o manejo e descarte inadequado destes medicamentos pode trazer impactos significativos ao meio ambiente e à saúde da população. O objetivo deste estudo é mapear na literatura científica a abordagem do manuseio e descarte dos medicamentos antineoplásicos orais por pacientes, cuidadores e profissionais de saúde envolvidos no tratamento oncológico e seus impactos ao meio ambiente. Trata-se de uma revisão de escopo conduzida de acordo com a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. As buscas foram realizadas em nove bases de dados e um catálogo de biblioteca, para levantamento da literatura cinzenta. Além disso, foram consultadas as listas de referências dos artigos selecionados. A seleção e a análise dos estudos foi realizada por meio de investigação dupla, independente e cega. Ao final, foram selecionados 19 estudos para compor o escopo desta revisão. Como resultado, evidenciaram-se fragilidades significativas no que tange ao manejo e ao descarte de antioneoplásicos orais por pacientes, cuidadores e profissionais da saúde, a necessidade do estabelecimento de práticas educativas que propiciem ao paciente oncológico e ao seu cuidador como realizar o manejo, a administração e o descarte dos resíduos de forma segura, visando a proteção de toda a comunidade e do meio ambiente, bem como a importância da participação dos profissionais da saúde em todas as etapas do tratamento oncológico, com maior participação do farmacêutico especializado em oncologia.