A literatura maranhense, em linhas gerais, tem sido relativamente lida e analisada no meio acadêmico, sobretudo no tocante a conhecidos nomes como Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Josué Montello, entre outros. Apesar disso, há alguns gêneros literários, não comumente associados ao Maranhão, ainda carentes de atenção da crítica literária. O gênero Fantástico, por exemplo, que nos remete, a priori, a nomes como Edgar Allan Poe, J.R.R. Tolkien ou C.S. Lewis, foi consideravelmente explorado por autores maranhenses. Nos escritos de Coelho Neto encontramos narrativas que atendem à definição de Todorov (2007) do fantástico, como é o caso do conto O Duplo(1927),objeto de análise deste trabalho cujo objetivo visa a analisar a presença do Insólito, a partir dos apontamentos sobre o duplo nas narrativas fantásticas. Para tanto, utilizaremos os estudos de críticos como Todorov (2007), Flavio García (2007) Keppler (1976), dentre outros.