Manifestações clínicas, desfechos e fatores prognósticos da influenza pandêmica A (H1N1) de 2009 em crianças/ Clinical manifestations, outcomes and prognostic factors of the 2009 pandemic influenza A (H1N1) in children

Revista Paulista De Pediatria

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Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Manifestações clínicas, desfechos e fatores prognósticos da influenza pandêmica A (H1N1) de 2009 em crianças/ Clinical manifestations, outcomes and prognostic factors of the 2009 pandemic influenza A (H1N1) in children

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 3
Autores: L. Lenzi, A. M. Mello, L. R. Silva, M. H. Grochocki, R. Pontarolo
Autor Correspondente: R. Pontarolo | [email protected]

Palavras-chave: Vírus da Influenza A Subtipo H1N1; fatores de risco; letalidade; sinais e sintomas; criança/Influenza A Virus, H1N1 Subtype; risk factors; lethality; signs and symptoms; child.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Descrever as características clínicas e a letalidade,
além de analisar os fatores prognósticos da infecção pela influenza
pandêmica A (H1N1), em crianças do estado do Paraná.
Métodos: Estudo observacional e retrospectivo. Os dados
foram coletados a partir do Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, entre março e
dezembro de 2010. Foram incluídas as crianças com idade
entre zero e 12 anos, com confirmação laboratorial da infecção.
As variáveis referentes às características demográficas e
clínicas e aos desfechos foram avaliadas estatisticamente a fim
de comparar as taxas de letalidade na presença e na ausência
desses fatores. Os fatores prognósticos foram identificados
por regressão logística. Consideraram-se como significativos
os valores de p<0,05.
Resultados: Foram incluídas 1.307 crianças, das quais
19 foram a óbito. Os fatores de risco para o óbito foram
cardiopatias (OR 7,1; IC95% 1,5–32,7), imunodepressão
(OR 14,9; IC95% 3,9–56,2), dispneia (OR 9,5; IC95%
2,8–32,9), pneumonia (OR 23,8; IC95% 2,4–239,8), presença
de sibilos (OR 11,9; IC95% 1,4–103,7) e tempo para o início do tratamento a partir do início dos sintomas (OR
1,3; IC95% 1,2–1,5). O tratamento precoce com o antiviral
oseltamivir foi um fator de proteção ao óbito (OR 0,012;
IC95% 0,003–0,05).
Conclusões: Os fatores de risco subjacentes apresentaram
papel fundamental na determinação dos desfechos.
O diagnóstico e o tratamento precoce foram importantes
para a diminuição dos óbitos pela influenza A (H1N1)
2009 em crianças.



Resumo Inglês:

Objective: To analyze the pandemic influenza A (H1N1)
2009 in children of the state of Paraná, Southern Brazil, in
order to identify clinical features, lethality, and prognostic
factors for the infection.
Methods: This was a retrospective observational
study. Data were collected from the National Notifiable Disease
System (Sinan) from the Brazilian Ministry of Health,
from March to December, 2010. Children aged between zero
and 12 years-old, with laboratorial confirmation of the infection,
were included. Variables related to demographic and
clinical characteristics and outcomes were evaluated statistically
in order to compare the lethality rates in the presence
and absence of these factors. The prognostic factors were
identified by logistic regression, being significant p <0.05.
Results: 1,307 children were included and 19 of
them died. Risk factors for death were heart diseases
(OR 7.1; 95%CI 1.5–32.7), immunosuppression (OR 14.9;
95%CI 3.9–56.2), dyspnea (OR 9.5; 95%CI 2.8–32.9),
pneumonia (OR 23.8; 95%CI 2.4–239.8), presence of
wheezing (OR 11,9; 95%CI 1.4–103.7), and time to start
treatment since the onset of symptoms (OR 1.3; 95%CI
1.2–1.5). Early treatment with the antiviral drug oseltamivir
was a protective factor for death (OR 0.012; 95%CI
0.003–0.05).
Conclusions: Underlying risk factors had a major role
in determining outcomes. Early diagnosis and treatment
were important for the reduction of deaths from influenza
A (H1N1) 2009 in children.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Describir las características clínicas y la letalidad,
además de analizar los factores pronósticos de la
infección por la influenza pandémica A (H1N1) en niños
de la provincia de Paraná (Brasil).
Métodos: Se trató de un estudio observacional y retrospectivo.
Los datos fueron recogidos a partir del Sistema Nacional
de Agravos de Notificação (Sinan), del Ministerio de Salud,
entre marzo y diciembre de 2010. Se incluyeron a los niños
con edad entre cero y 12 años, con confirmación laboratorial
de la infección. Las variables referentes a las características
demográficas y clínicas y a los desenlaces fueron evaluadas
estadísticamente, a fin de comparar las tasas de letalidad en la
presencia y ausencia de esos factores. Los factores pronósticos
fueron identificados por regresión logística. Se consideraron
como significativos los valores de p<0,05.
Resultados: Se incluyeron a 1.307 niños, de los que 19
fallecieron. Los factores de riesgo para óbito fueron cardiopatías
(OR 7,1; IC95% 1,5-32,7), inmunodepresión (OR
14,9; IC95% 3,9-56,2), disnea (OR 9,5; IC95% 2,8-32,9),
neumonía (OR 23,8; IC95% 2,4-239,8), presencia de silbidos
(OR 11,9; IC95% 1,4-103,7) y tiempo para el inicio
del tratamiento a partir del inicio de los síntomas (OR 1,3;
IC95% 1,2-1,5). El tratamiento temprano con el antiviral
oseltamavir fue un factor de protección al óbito (OR 0,012;
IC95% 0,003-0,05).
Conclusiones: La tasa de letalidad observada en niños
fue menor que la encontrada en el grupo que contrajo la
enfermedad. Los factores de riesgo subyacentes presentaron
un rol fundamental en la determinación de los desenlaces. El
diagnóstico y el tratamiento tempranos fueron importantes
para la reducción de los óbitos por influenza A (H1N1)
2009 en niños.
Palabras clave: Virus de la Influenza A Subtipo H1N1;
factores de riesgo; letalidad; señales y síntomas; niño.