MANIFESTAÇÕES DA SEXUALIDADE INFANTIL: percepção de pais e professoras de crianças de 0 a 6 anos

Linhas

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ISSN: 19847238
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/05/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

MANIFESTAÇÕES DA SEXUALIDADE INFANTIL: percepção de pais e professoras de crianças de 0 a 6 anos

Ano: 2010 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: Ana Claúdia Bortolozzi Maia, Raquel Baptista Spaziani
Autor Correspondente: Raquel Baptista Spaziani | [email protected]

Palavras-chave: Sexualidade infantil, Infância, Educação sexual, Educação infantil.

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Resumo Português:

Este artigo apresenta um estudo descritivo-qualitativo que teve por objetivo investigar a percepção de sete professoras, cinco pais e dezoito mães sobre as manifestações sexuais de crianças até seis anos por meio de um questionário com questões semiabertas e posterior análise de conteúdo. As manifestações sexuais identificadas pelos adultos, na casa ou na escola, referem-se, principalmente, às questões de gênero e à descoberta do corpo: as crianças reproduzem concepções de masculino e feminino, manipulam seu próprio corpo ou o de outros, verbalizam sobre namoro, beijo na boca e sexo. As professoras, mais do que os pais e mães em casa, percebem os comportamentos sexuais das crianças, que na escola são explícitos. Professoras relatam que os comportamentos observados geram ansiedade e desconforto e os pais e mães que costumam dialogar com seus(uas) filhos(as) sobre o tema. Em geral, há relatos de pouco conhecimento sobre como agir diante das manifestações sexuais infantis, tanto das professoras que têm pouca formação acadêmica na área da sexualidade, quanto dos familiares, que demonstram certa dificuldade pessoal e moral. Conclui-se que os participantes compreendem as crianças como dotadas de sexualidade, pois percebem diferentes expressões da sexualidade infantil que são típicas do desenvolvimento. É preciso investir na formação acadêmica e continuada de professores da educação infantil, bem como no trabalho em conjunto da escola e da família, visando propiciar às crianças a experiência favorável de uma educação sexual emancipatória.