Mapa em ruína: metáfora e apelo imaginativo

Revista Visuais

Endereço:
Rua Elis Regina, 50 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083854
Site: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/visuais/index
Telefone: (19) 3521-4000
ISSN: 2447-1313
Editor Chefe: Prof. Dr. Mauricius Martins Farina
Início Publicação: 03/08/2015
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Mapa em ruína: metáfora e apelo imaginativo

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: FORTUNATO LIMA, L.
Autor Correspondente: FORTUNATO LIMA, L. | [email protected]

Palavras-chave: Mapa, Ruína, Metáfora, Imaginação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta um conjunto de reflexões direta ou indiretamente relacionadas com uma imagem da autoria de Giovani Batista Piranesi: um conjunto de fragmentos de mármore pertencentes a um mapa da Roma Antiga (Fig. 1). O tema da ruina emerge neste contexto preciso e singular. No ato de coligir os fragmentos do mapa, em si mesmo revelador de uma atenção de ordem diferente da habitual, constitui-se uma valorização da ruina e da sua aptidão evocativa e simbólica, mas também do seu poder apelativo da imaginação.  A investigação do fundo concetual sobre o qual desponta esta imagem - considerando as áreas protocientífica, estética e artística em que ela se inscreveu no séc. XVIII- possibilita-nos a sua leitura enquanto metáfora sobre a perceção, representação e reinvenção da ruinas, no contexto urbano da cidade de Roma, naquela época. Por um lado, a imagem citada reflete a perceção da cidade como território desfigurado, por outro, a compreensão das ruinas como valor secular, configurando uma estrutura da identidade cultural e estética. Além disso, a ruina surge, neste artigo, como imensurável repositório da imaginação e como agente catalisador de movimentos psicológicos sobredeterminados. A conclusão imaginativa, inerente aos processos de contemplação estética das ruinas e, eventualmente, das construções, parece relacionar-se com características formais e visuais destes tipos de tema, visualmente caracterizados pela incompletude das formas e por aspetos de descontinuidade e interrupção.

 



Resumo Inglês:

This article presents a set of reflections directly or indirectly related to an image by Giovani Batista Piranesi: a set of marble fragments belonging to a map of Ancient Rome (Fig. 1). The ruin theme emerges in this precise and singular context. In the act of gathering the fragments of the map, in itself revealing an attention of a different order from the usual, it constitutes an appreciation of the ruin and its evocative and symbolic aptitude, but also of its appealing power of imagination. The investigation of the conceptual background on which this image emerges - considering the protoscientific, aesthetic and artistic areas in which it was inscribed in the century. XVIII- it allows us to read it as a metaphor about the perception, representation and reinvention of ruins, in the urban context of the city of Rome, at that time. On the one hand, the aforementioned image reflects the perception of the city as a disfigured territory, on the other hand, the understanding of ruins as a secular value, configuring a structure of cultural and aesthetic identity. In addition, ruin appears in this article as an immeasurable repository of the imagination and as a catalyst for over-determined psychological movements. The imaginative conclusion, inherent to the processes of aesthetic contemplation of the ruins and, eventually, of the constructions, seems to be related to formal and visual characteristics of these types of theme, visually characterized by the incompleteness of the forms and aspects of discontinuity and interruption.



Resumo Espanhol:

Este artículo presenta un conjunto de reflexiones relacionadas directa o indirectamente con una imagen de Giovani Batista Piranesi: un conjunto de fragmentos de mármol pertenecientes a un mapa de la Antigua Roma (Fig. 1). El tema de la ruina surge en este contexto preciso y singular. En el acto de recoger los fragmentos del mapa, que en sí mismo revela una atención de orden diferente al habitual, constituye una apreciación de la ruina y de su aptitud evocadora y simbólica, pero también de su poder de atracción de la imaginación. La investigación del trasfondo conceptual sobre el que emerge esta imagen, considerando las áreas protocientíficas, estéticas y artísticas en las que se inscribió en el siglo. XVIII- nos permite leerlo como una metáfora sobre la percepción, representación y reinvención de las ruinas, en el contexto urbano de la ciudad de Roma, en ese momento. Por un lado, la citada imagen refleja la percepción de la ciudad como un territorio desfigurado, por otro, la comprensión de las ruinas como valor secular, configurando una estructura de identidad cultural y estética. Además, la ruina aparece en este artículo como un depósito inconmensurable de la imaginación y como un catalizador de movimientos psicológicos sobredeterminados. La conclusión imaginativa, inherente a los procesos de contemplación estética de las ruinas y, eventualmente, de las construcciones, parece estar relacionada con características formales y visuales de este tipo de temas, caracterizados visualmente por la incompletitud de las formas y por aspectos de discontinuidad e interrupción.