Este texto focaliza o Diário, de Ãngel Rama, publicado em 2001 (Uruguai). Para isso toma-se como ponto de partida a posição do autor Walter Mignolo (um dos representantes da crÃtica cultural contemporânea). Em seu livro Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar trata da leitura de outros mapas afroculturais a partir de histórias locais. Tendo por base essa ideia, será mostrada que há a possibilidade de focalizar o Diário, de Ãngel Rama, escrito em seu exÃlio na Venezuela, como um mapa intersticial que permite compreender a maneira como o escritor uruguaio estava realizando uma outra história da crÃtica literária latino-americana, pensada a partir do exÃlio, em um espaço sem fronteira.
Ce texte analyse le Diario, d’Ãngel Rama, publié en 2001 (Uruguay), en prenant comme point de départ la position de l’auteur Walter Mignolo, l’un des réprésentants de la critique culturelle contemporaine. Dans son livre Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar, Mignolo traite de la lecture d’autres cartes géoculturelles à partir des histoires locales. Ayant pour base cette idée, nous allons montrer qu’il y a la possibilité de focaliser le Diario, de Ãngel Rama, écrit dans son exil au Vénézuéla, comme une carte interstitielle qui permet de comprendre la façon dont l’écrivain uruguayen était en train de réaliser une autre histoire de la critique littéraire latino-américaine, pensée à partir de l’exil, dans un espace sans frontière.