Mapas cognitivos do mundo: representações mentais distorcidas?

Geograficidade

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ISSN: 2238-0205
Editor Chefe: Eduardo Marandola Jr.
Início Publicação: 31/07/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Mapas cognitivos do mundo: representações mentais distorcidas?

Ano: 2013 | Volume: 3 | Número: Especial
Autores: José Queiroz Pinheiro
Autor Correspondente: J. Q. Pinheiro | [email protected]

Palavras-chave: Mundo, Experiência ambiental indireta, Representação cartográfica, Mapa cognitivo, Estereotipia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O mapa é representante físico de um ambiente, ele não é esse ambiente. No entanto, esse caráter representacional do mapa raramente é assimilado no processo de construção da representação mental dos ambientes. Quanto maior a extensão do ambiente representado, tanto mais provável que a cognição ambiental construída nessa experiência ambiental indireta esteja sujeita a vieses e estereotipias, como no caso de países e do mundo, em que a representação cartográfica é sempre entremeada de aspectos simbólicos, políticos, ideológicos. A exposição consciente e crítica a uma variedade de formas de representação da Terra é fator crucial para o desenvolvimento de uma representação mental rica, precisa e flexível, à altura da complexidade e do dinamismo presentes nas virtualidades globalizadas que governam nossas vidas. Se dissociados do ambiente, como iremos nos apropriar dos espaços, nos identificarmos com os lugares, para podermos atingir formas sustentáveis de relacionamento social e ecológico com o planeta?



Resumo Inglês:

The map is a physical representation of an environment, but it is not the environment itself. However, such representational character of maps is rarely assimilated during the construction process of mental representations of environments. The larger the extension of the represented environment, the more likely the environmental cognition composed in this indirect environmental experience will be subject to biases and stereotypes, as in the case of countries or the world, in which the cartographic representation is always interspersed by symbolic, political and ideological aspects. The conscious and critical exposition to a variety of ways of representing Earth is a crucial factor for the development of a rich, precise and flexible mental representation, compatible with the complexity and dynamism that is present in the globalized virtualities that govern our lives. If dissociated from the environment, how could we appropriate the spaces or identify with places in order to reach sustainable forms of social and ecological relationship with the planet?