Este trabalho visa a discutir o uso dos marcadores discursivos no texto falado, assinalando, de forma contrastiva, suas funções e os efeitos de sentido produzidos em entrevistas com um falante nativo e um não nativo da língua inglesa. O corpus é constituído por duas entrevistas com professores de inglês: uma concedida por uma brasileira, e a outra por um inglês que, atualmente, reside no Brasil. A pesquisa segue o método empírico-indutivo e o arcabouço teórico ancora-se nos conceitos da Análise da Conversação. Os resultados mostraram que tanto o falante nativo da língua inglesa, quanto a não nativa criaram estratégias semelhantes no que diz respeito ao planejamento verbal, à organização dos tópicos e à função exercida pelos marcadores discursivos. A rigor, este elementos desempenham um papel relevante nos estabelecimento de elos coesivos e entre as partes do texto, assim como na manutenção e na organização do fluxo conversacional.
The aim of this article is to discuss the use of discourse markers in spoken texts in order to contrast their functions and meaning effects produced in interviews with a native and a non-native speaker of English. The corpus was composed of two interviews carried out with two English teachers: a Brazilian woman and a British man who currently lives in Brazil. The research follows the empirical-inductive method, and the theoretical framework was based on the concepts of Conversation Analysis. According to the findings, both native and non-native speakers of English used similar strategies regarding verbal planning, topic organization and the functions of discourse markers. It is important to highlight that these elements played an important role in the establishment of cohesive links among the parts of the text as well as they contributed to the maintenance and organization of conversation flow.