MARCOS SONOROS COMO SIGNOS IDEOLÓGICOS

Revista Geografar

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Editor Chefe: Luiz Lopes Diniz Filho
Início Publicação: 30/11/2006
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Geografia

MARCOS SONOROS COMO SIGNOS IDEOLÓGICOS

Ano: 2012 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: L. M. Malanski
Autor Correspondente: L. M. Malanski | [email protected]

Palavras-chave: Paisagem sonora; marcos sonoros; signos; contexto.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O renascimento do interesse geográfico pela paisagem com aporte fenomenológico a partir da década de 1960 possibilitou novas abordagens sobre a paisagem, incluindo as experiências sonoras que os lugares proporcionam aos seres humanos. Assim, tal experiência é objetivada, em Geografia, pela corrente humanista-cultural. Pensar o espaço geográfico a partir de seus sons pode parecer estranho, principalmente, se aproximarmos, para tanto, os conceitos de marcos sonoros de Murray Schafer e de signos ideológicos de Mikhail Bakhtin; ambos pesquisadores de ciências díspares à Geografia. Contudo, esse artigo tem por finalidade apresentar uma possível reflexão epistemológica geográfica a respeito dessa relação, uma vez que, ambos os autores concordam que esses dois conceitos são criados a partir da interação social, adquirindo e expressando, então, significados ideológicos. Assim, marcos sonoros podem ser considerados uma forma de signos, já que representam e permitem pensar o espaço geográfico de uma comunidade, transformando-o em uma categoria social. Como exemplos de marcos sonoros, citamos as “vuvuzelas” da África do Sul e a “Mulher da Cobra” de Curitiba. Desse modo, pretendemos despertar o interesse pelo estudo dos sons dos lugares e seus significados sociais, mostrando que eles podem contribuir para uma análise diferenciada, mas, ao mesmo tempo, integrada ao complexo espaço geográfico.