A Marvada Carne”: a epopéia cômica do novo cinema paulista

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ISSN: 2179-5975
Editor Chefe: Dr. Leonardo Fabris Lugoboni
Início Publicação: 01/01/2010
Periodicidade: Semestral

A Marvada Carne”: a epopéia cômica do novo cinema paulista

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: S. H. Terciotti
Autor Correspondente: S. H. Terciotti | [email protected]

Palavras-chave: caipira, cinema, cultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por objetivo fazer uma análise sociológica e lingüística do filme “A Marvada Carne”, de André Klotzel, um dos primeiros longas-metragens do Novo Cinema Paulista, que ousou tocar em um tema tabu na cinematografia nacional: a penúria e o pitoresco do universo caipira, a partir da tradição da oralidade dos “causos” populares. O retratar a cultura caipira a partir do conceito de “fome psicológica” criado por Antonio Candido e definido como o desejo – sempre frustrado – de comer carne de boi nas populações do interior do estado, Klotzel penetra na estrutura social e psicológica da pequena comunidade que retrata, resgatando as duas principais características psicológicas do caipira, a saber: a nostalgia e idealização do passado; a vontade de comer determinado alimento que, em sociedades subnutridas, acaba por se transformar em uma obsessão.



Resumo Inglês:

This work aims at doing a sociological and linguistics analysis of the André Klotzel’s movie named “A Marvada Carne”, one of the first long movies of the New São Paulo’s Cinema, which dared touching in a taboo theme in the national cinematography: the starvation and the unusual universe of the yokels, by means of the popular storytellers traditions. When depicting the yokel culture from the concept of “psychological hunger” created by Antonio Candido and defined as the desire – always frustrated of eating beef, in the population of the state countryside, Klotzel penetrates in the social and psychological structure of the small community he depicts, rescuing the two main psychological characteristics of the yokels: the nostalgia and the idealization of the past, the desire of eating a kind of food that, in primitive societies, ends up turning into an obsession.