Dentre as inúmeras incompreensões sobre a obra marxiana e a teoria vinculada ao campo marxista está a ideia de que o indivíduo não é abordado. Ao voltar-se às grandes narrativas, ao funcionamento do modo de produção capitalista, às classes sociais e ao ideário de revolução social, estaria o marxismo subestimando – ou mesmo ignorando – as subjetividades. Perante esta controvérsia histórica, este artigo buscará apontar pistas para a compreensão do indivíduo em Marx e no campo marxista, reposicionando o diálogo entre marxismo e psicologia. Para tanto, revisitar a ontologia do ser social e a categoria trabalho, revelam-se imprescindíveis.
Among the innumerable misunderstandings about the Marxian work and the theory linked to the Marxist field is the idea that the individual is not present. By turning to the great narratives, to the functioning of the capitalist mode of production, to social classes and to the ideology of social revolution, Marxism would be underestimating - or even ignoring - subjectivities. Given this historical controversy, this article will seek to point out clues to the understanding of the individual in Marx and in the Marxist field, repositioning the dialogue between Marxism and psychology. To revisit the ontology of the social being and the work category, they are indispensable.