Este trabalho propõe estudar manuais médicos e analisar a ideia de maternidade que se configura a partir dos discursos de médicos e higienistas do final do século XIX e início do XX. A partir da nova história cultural e com uma análise qualitativa descritiva, procuramos ressignificar o conceito de maternidade. As principais fontes consultadas foram os manuais de medicina: Luis Morquio (1916) "Proteção da Primeira Infância"; Ramón Valdés García (1880) O consultor para mães. Manual de higiene e medicina homeopática doméstica da infância; Adolfo Brunel (1865) Opuscule na higiene das crianças; Luis Bergalli (1892) Maternidade: Conselhos às mães e jovens esposas sobre educação, Alejandro Lamas (1889) Maternologia: estudo da educação, higiene e educação das crianças; Paulina Luisi (1916) "Algumas idéias sobre eugenia", entre outras. Repensar a historicidade da ideia e das práticas da maternidade permite-nos problematizar e nos ver como uma sociedade, a partir da qual as genealogias se configuraram a ideia de uma boa mãe e qual o lugar social ocupado pela enfermeira. Nesse sentido, explicar e visualizar os componentes ideológicos dos discursos maternalistas pelo conhecimento médico nos permite entender a complexidade destes e as novas respostas que eles dão à sociedade. Por outro lado, sua incidência e projeções na educação estão expostas. Nessa perspectiva, o lugar significativo ocupado pelo discurso higienista e a nova moralidade leiga são reconhecidos.
This work proposes to study medical manuals and analyze the idea of motherhood that is configured from the discourses of doctors and hygienists of the late nineteenth and early twentieth centuries. From the new cultural history and with a qualitative descriptive analysis, we seek to resignify the concept of motherhood. The main sources consulted were the medical manuals: Luis Morquio (1916) "Protection of Early Childhood"; Ramón Valdés García (1880) The consultant to mothers. Manual of hygiene and domestic homeopathic medicine of childhood; Adolfo Brunel (1865) Opuscule on hygiene of children; Luis Bergalli (1892) Maternity: Advice to mothers and young wives about education, Alejandro Lamas (1889) Maternology: study of the upbringing, hygiene and education of children; Paulina Luisi (1916) "Some ideas on eugenics", among others. Rethinking the historicity of the idea and practices of motherhood allows us to problematize and see ourselves as a society, from which genealogies the idea of a good mother was configured, and what social place the nurse occupied. In this sense, explaining and visualizing the ideological components of maternalistic discourses by medical knowledge allows us to understand the complexity of these and the new responses they give to society. On the other hand, its incidence and projections in education are exposed. From this perspective, the significant place occupied by the hygienist discourse and the new lay morality is recognized.
Este trabajo propone estudiar los manuales médicos y analizar la idea de maternidad que se configura desde los discursos de los médicos e higienistas de fines del siglo XIX y principios del XX. Desde la nueva historia cultural y con un análisis cualitativo descriptivo, se busca resignificar el concepto de maternidad. Las principales fuentes consultadas fueron los manuales médicos: Luis Morquio (1916) “Protección de la Primera Infancia”; Ramón Valdés García (1880) El consultor de las madres. Manual de higiene y medicina homeopática doméstica de la infancia; Adolfo Brunel (1865) Opúsculo sobre higiene de los niños; Luis Bergalli (1892) Maternidad: Consejos a las madres y jóvenes esposas sobre la educación, Alejandro Lamas (1889) Maternología: estudio de la crianza, higiene y educación de los niños; Paulina Luisi (1916) “Algunas ideas sobre eugenesia”, entre otros. Repensar la historicidad de la idea y prácticas de maternidad permite problematizar y vernos como sociedad, desde qué genealogías se configuró la idea de buena madre, y que lugar social pasó a ocupar la nodriza. En este sentido, explicitar y visibilizar los componentes ideológicos de los discursos maternalistas por parte del saber médico permite comprender la complejidad de estos y las nuevas respuestas que dan a la sociedad. Por otra parte, se expone su incidencia y proyecciones en la educación. Desde esta perspectiva se reconoce el lugar significativo que ocupó el discurso higienista y la nueva moral laica.
