O inventário visto primeiramente como um documento de simples caráter jurÃdico-civil, quando bem analisado pode servir de base para estudos, e, principalmente, para questionamentos. O presente artigo tem como base empÃrica o inventário post-mortem do estancieiro Major Mathias José Velho, do Arquivo Público do Rio Grande do Sul (APERS), realizado nos anos de 1876 a 1879. É digno de atenção a relação de bens e de escravos presentes no inventário do Major; assim como a presença de notas da matrÃcula dos ingênuos. Esse fato é considerável haja vista que a Lei Rio Branco foi promulgada no ano de 1871, o que deixa como questão o futuro dessas crianças. Esses elementos serão problematizados no presente texto no contexto da escravidão no sul do Brasil.
The inventory, first produced as a document of legal, civil, when properly analyzed, can serve different research historical character. This article is based on empirical inventory postmortem rancher Mathias José Velho, performed between the years 1876 to 1879 stands out in relation to the goods inventoried slaves and naive. This fact is significant considering that the Rio Branco Law was enacted in 1871, leaving in question the future of these children. These elements are problematized in this article in the context of slavery in southern Brazil.