A proposta deste artigo é a de buscar entender as formas de como a Igreja Católica procurou adentrar nas bases psicológicas dos cristãos por meio da Constituição Pastoral Gaudium et Spes em seu CapÃtulo I intitulado “A promoção da dignidade do matrimônio e da famÃliaâ€. A Instituição insistiu no argumento segundo o qual a união entre homem e mulher constitui um sacramento essencial à famÃlia, à sociedade, à moralidade, à boa conduta, à ética e, por fim, à salvação da alma. Pode-se vislumbrar, na construção de tal argumento, um amplo uso de “jogos psicológicosâ€, sustentados na concepção que buscava transformar o matrimônio em uma macro-polÃtica cotidiana da moral, a qual tinha por fim convencer e, por conseguinte, ligar homens e mulheres por meio da idéia da indissolubilidade do matrimônio. O aparato teórico da aqui chamada macro-polÃtica cotidiana da moral permite compreender como a Igreja Católica jamais esteve alheia à s mudanças que se operavam em meados do século XX.
This article aims to understand the ways used by the Catholic Church in order to enter in the psychological foundations of Christians through the Pastoral Constitution Gaudium et Spes in Chapter I entitled “The promotion of the dignity of marriage and the familyâ€. The institution insisted on the argument that the union between man and woman is an essential sacrament to the family, society, morality, good conduct, ethics and, finally, to the salvation of the soul. One can envision, in the construction of such an argument, an extensive use of “mind gamesâ€, supported the concept that sought to transform marriage in a macro-politics of everyday morality, which was intended to convince and therefore call men and women through the idea of the indissolubility of marriage. The theoretical apparatus here called the macro-politics of everyday morality allows us to understand how the Catholic Church has never been alien to the changes which were taking place in the mid-twentieth century.