Matrimônio, família e lutas religiosas cotidianas na Gaudium et Spes

Horizonte

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ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Matrimônio, família e lutas religiosas cotidianas na Gaudium et Spes

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 24
Autores: Ipojucan Dias Campos
Autor Correspondente: Ipojucan Dias Campos | [email protected]

Palavras-chave: Matrimônio, Família, Igreja Católica, Usos Psicológicos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta deste artigo é a de buscar entender as formas de como a Igreja Católica procurou adentrar nas bases psicológicas dos cristãos por meio da Constituição Pastoral Gaudium et Spes em seu Capítulo I intitulado “A promoção da dignidade do matrimônio e da família”. A Instituição insistiu no argumento segundo o qual a união entre homem e mulher constitui um sacramento essencial à família, à sociedade, à moralidade, à boa conduta, à ética e, por fim, à salvação da alma. Pode-se vislumbrar, na construção de tal argumento, um amplo uso de “jogos psicológicos”, sustentados na concepção que buscava transformar o matrimônio em uma macro-política cotidiana da moral, a qual tinha por fim convencer e, por conseguinte, ligar homens e mulheres por meio da idéia da indissolubilidade do matrimônio. O aparato teórico da aqui chamada macro-política cotidiana da moral permite compreender como a Igreja Católica jamais esteve alheia às mudanças que se operavam em meados do século XX.



Resumo Inglês:

This article aims to understand the ways used by the Catholic Church in order to enter in the psychological foundations of Christians through the Pastoral Constitution Gaudium et Spes in Chapter I entitled “The promotion of the dignity of marriage and the family”. The institution insisted on the argument that the union between man and woman is an essential sacrament to the family, society, morality, good conduct, ethics and, finally, to the salvation of the soul. One can envision, in the construction of such an argument, an extensive use of “mind games”, supported the concept that sought to transform marriage in a macro-politics of everyday morality, which was intended to convince and therefore call men and women through the idea of the indissolubility of marriage. The theoretical apparatus here called the macro-politics of everyday morality allows us to understand how the Catholic Church has never been alien to the changes which were taking place in the mid-twentieth century.