Mediação e(m) educação: discursos e práticas

Intersaberes

Endereço:
AV. LUIZ XAVIER, 103 - CENTRO
Curitiba / PR
Site: http://www.grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista
Telefone: (41) 2102-3455
ISSN: 18097286
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

Mediação e(m) educação: discursos e práticas

Ano: 2011 | Volume: 6 | Número: 12
Autores: Ana Maria Costa e Silva
Autor Correspondente: Ana Maria Costa e Silva | [email protected]

Palavras-chave: Mediação, Educação, Mediadores, Programas Curriculares Integrados

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto centrar-se-á numa reflexão em torno da apropriação e mobilização linguística
e praxeológica da palavra mediação, nomeadamente em contextos educativos. Apesar
das práticas mais formais ou formalizadas de mediação serem ainda recentes entre nós –
têm cerca de duas décadas – elas têm-se evidenciado em contextos diversos dos mais
especificamente escolares ou educativas em sentido mais abrangente, ainda que, como
temos salientado, qualquer prática de mediação é uma prática fundamentalmente
educativa e social. A mediação é uma actividade educativa, pois o objectivo essencial é
proporcionar uma sequência de aprendizagem alternativa (nomeadamente entre pessoas
em conflito, explícito ou implícito) superando o estrito comportamento reactivo ou
impulsivo, contribuindo para que os participantes no processo de mediação adoptem
uma postura reflexiva. É também uma actividade social, pois promove a
compreensividade entre os diferentes participantes no processo de mediação, defende a
pluralidade, as diferentes versões sobre a realidade e fomenta a livre tomada de
decisões e compromissos, contribuindo para a participação democrática e para a coesão
social. Nesta intervenção intentaremos discernir sobre esta diversidade conceptual e
praxeológica associada à mediação, as suas potencialidades e condicionamentos e,
sobretudo, reflectir sobre os desafios educacionais e opções curriculares na escola que a
mobilização de dispositivos de mediação nos contextos escolares/educacionais colocam,
não deixando de, nesta reflexão, (r)elevar o papel dos actores participantes neste
processo de educação para a autonomi(a)zação, cidadania e responsabilidade criativa e
construtora de relações e interacções potenciadores de desenvolvimento pessoal e
social.



Resumo Inglês:

This text will focus on a reflection on the appropriation and mobilization praxeological
language and the word mediation, particularly in educational contexts. Despite the more
formal practices or formalized mediation are still fresh among us - have about two
decades - they have been shown in various contexts of school, or more specifically
educational in the widest sense, although, as we have pointed out, any practice
Mediation is essentially an educational and social practice. Mediation is an educational
activity, because the primary purpose is to provide a sequence of alternative learning
(particularly between people in conflict, express or implied), overcoming the strict
reactive or impulsive behavior, contributing to the participants in the mediation process
to adopt a reflexive posture. It is also a social activity, because it promotes
comprehensiveness among the participants in the mediation process, supports the
plurality, the different versions of reality and encourages the free decision-making and
appointments, contributing to democratic participation and social cohesion. In this text,
we attempted to discern on this conceptual diversity and praxeological associated with
mediation, its potential and constraints, and above all reflect on the challenges in the
educational and curricular options school that the mobilization of mediation devices in
school contexts / educational place, not leaving, this reflection (r) increasing the role of
actors participating in this process of education for empowerment, citizenship and
responsibility and creative builder relationships and potential interactions of social and
personal development.