A degradação ambiental vem modificando nosso cenário de forma acelerada, interferindo negativamente
no processo saúde-doença. É essencial discutir a temática saúde ambiental com profissionais de saúde,
sendo o Programa PET-Saúde um facilitador, e as unidades de Estratégia de Saúde da FamÃlia (ESF) um
excelente cenário. Propõe-se analisar a percepção de profissionais de saúde e usuários sobre a temática
em duas unidades de ESF (Botucatu/SP) e sensibilizá-los por meio de discussões teóricas e vivências.
Foram entrevistados 45 profissionais e 36 usuários, sendo 21 indicados pelos agentes comunitários de
saúde como tendo boa relação com o meio ambiente e 15 indicados por não apresentarem boa relação com o
mesmo. Aplicou-se o referencial da metodologia qualitativa, utilizando-se o Discurso do Sujeito Coletivo.
Todos demonstraram ter consciência dos problemas ambientais e de saúde e o que poderia ser feito para
melhorar a situação, mas são raras as ações realizadas nas unidades. Reforça-se a necessidade de capacitar
equipes em Saúde Ambiental, estimulando a adoção de práticas transdisciplinares que superem as práticas
assistencialistas e caminhem no sentido da promoção, além de empoderar a população para lutar e ser
responsável por um meio ambiente mais equilibrado, melhorando a qualidade de vida.
Environmental degradation has altered our current scenario at an accelerated pace and interfered negatively
in the health-disease process. It thus becomes essential to discuss environmental health with
healthcare professionals. In Brazil, the PET-Health Program is a facilitator in this process, and the Family
Health Strategy units provide an excellent setting. This study aimed to analyze the perceptions of healthcare
professionals and users concerning this theme in two Family Health Strategy units in Botucatu, São
Paulo State, and to raise their awareness through theoretical discussions and experiences. We interviewed
45 healthcare professionals and 36 users, of whom 21 were referred by community health workers as having
a positive relationship to the environment and the other 15 referred on the basis of having a negative
relationship to the environment. A qualitative methodology was used, specifically collective subject discourse
analysis. All the participants proved to be aware of environmental and health problems and what
could be done to improve the situation, but few related activities were undertaken in the units. The results
emphasize the need to train environmental health teams, encouraging the adoption of cross-disciplinary
practices that extend beyond curative health practices to encompass health promotion, in addition to
empowering the population to struggle and to be responsible for a more balanced environment, thereby
improving their quality of life.