A melancolia, a narrativa melancólica e sua abdução pela mídia sob os auspícios do discurso capitalista

Rizoma

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ISSN: 2318-406X
Editor Chefe: Demétrio Azeredo
Início Publicação: 31/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

A melancolia, a narrativa melancólica e sua abdução pela mídia sob os auspícios do discurso capitalista

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: E. Söhnle
Autor Correspondente: E. Söhnle | [email protected]

Palavras-chave: melancolia, narrativa melancólica, consumo, discurso do capitalista, mídia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pretendemos, partindo da caracterização estrutural da melancolia em Freud, Lacan
e seus leitores, apontar os ecos estilísticos da mania na narrativa melancólica
de Louis-Ferdinand Céline. Para tal, confrontamos o desespero degradante em
Céline, com a forma shandiana assumida pelo Machado maduro, onde a ficção
melancólica produz, paradoxalmente, um saber/satisfazer-se com a vida. Na sequência,
examinamos os efeitos melancolizantes articulados à invenção do significante
depressão, abduzido pelo discurso da ciência e difundido pela mídia, sob
os auspícios do discurso do capitalista, o que nos confronta com uma ideologia da
depressão, antecipada pela melancolia poética dos Paraísos artificiais. Tal ilusão
de sociedade sem mal-estar, quando cooptada pela biopolítica, seria capaz de aguçar
certas tendências narcotizantes no laço social, que vão da toxicomania medicamentosa,
compatível com a sociedade de consumo, até o apetite desagregador
pelas drogas ilícitas.



Resumo Inglês:

We intend, based on the structural characterization of melancholia in Freud,
Lacan and their readers, pointing out the stylistic echoes of mania in melancholic
narrative of Louis - Ferdinand Céline. We have confronted despair
degrading in Céline to the “shandiana” shape assumed by a mature Machado,
where the melancholic fiction produces, paradoxically, a knowledge/
satisfaction with life. Further, we have examined the melancholically effects
articulated to the invention of the significant depression, abducted by the
discourse of science and diffused by the media under the auspices of the
capitalist discourse. This has confronted us with an ideology of depression,
anticipated by the poetic melancholy of artificial Paradises. Such illusion of
society without uneasiness, when co-opted by biopolitics, would be able to
sharpen certain narcotic trends in the social bond, ranging from drug addiction,
compatible with the consumer society, disaggregating up an appetite by
illicit drugs.



Resumo Espanhol:

Pretendemos, partiendo de la caracterización estructural de la melancolía en
Freud, Lacan y sus lectores, apuntar los ecos estilísticos de la manía en la narrativa
melancólica de Louis-Ferdinand Céline.Para tanto, se ha confrontado el desespero
degradante en Céline, con la forma shandiana asumida por un Machado maduro,
donde la ficción melancólica produce, paradojalmente, un saber/satisfacerse con la
vida. En la secuencia, examinamos los efectos melancólicos articulados a la invención
del significante depresión, abducido por el discurso de la ciencia y difundido
por la media, so los auspicios del discurso del capitalista. Lo que nos confronta
con una ideología de la depresión, adelantada por la melancolía poética de los
Paraísos artificiales. Tal ilusión de sociedad sin malestar, cuando cooptada por la
biopolítica, sería capaz de aguzar ciertas tendencias narcotizantes en el entorno
social, que van desde la toxicomanía medicamentosa, compatible con la sociedad
de consumo, hasta el apetito desagregado por las drogas ilícitas.