Em vários espaços encontram-se marcas, registros, objetos que levam a reflexivos pensamentos, revelam lembranças profundas que podem acalentar a alma, afugentar, angustiar o espírito, dependendo das reminiscências indeléveis e atemporais presentes no intelecto humano. Isto é memória. Este artigo suscita o debate teórico-conceitual e epistemológico sobre memória, sua relação construtora e até simbiótica com o processo histórico. Inegável a fecundidade desse debate hodiernamente, sobretudo entre historiadores, memorialistas e arquivistas que examinam as diversas fontes materiais e imateriais dos mais variados sujeitos sociais e suas estadas e produções no percurso histórico de suas existências. Esta produção se dá no âmbito teórico através da consulta bibliográfica tipologicamente descritiva com abordagem qualitativa a partir de fontes secundárias. A técnica de análise conteudal é a do discurso sociohistórico. Como resultado apresenta-se alguns conceitos e significados reelaborados a partir de teorias e epistemologias múltiplas no campo semântico do vocábulo memória em diferentes contextos históricos.