O artigo se propõe a analisar as dinâmicas entre Literatura e História na produção de Vinte anos e um dia, de Jorge Semprún. A obra, fortemente marcada pelas memórias do autor, vale-se de três linhas temporais distintas (1936, 1956 e 1985) em que as consequências do conflito no enredo são narradas. A violência da Guerra Civil Espanhola, que ocorreu de 1936 a 1939, deixou marcas no autor que reverberaram em sua escrita. Concomitante a esse tema, a narrativa de Semprún traz o conflito existente entre o dever de lembrar da guerra, mas também a necessidade que há em esquecê-la.
The article aims to analyze the dynamics between Literature and History in the production of Jorge Semprún's Twenty years and one day. The work, strongly marked by the author's memoirs, draws on three distinct timelines (1936, 1956 and 1985) in which the consequences of plot conflict are narrated. The violence of the Spanish Civil War, which occurred from 1936 to 1939, left marks on the author that reverberated in his writing. Concomitant with this theme, Semprún's narrative brings the existing conflict between the duty to remember the war, but also the need to forget it.