Este artigo propõe uma reflexão sobre os percursos da memória na constituição dos sentidos a partir de apontamentos de silêncios e de embates da memória nas coberturas jornalÃsticas. A análise tem como recorte três coberturas da revista Veja que apontam momentos chaves de tentativas de enfrentamento e consolidação dos sentidos do Rio de Janeiro como cidade maravilhosa. O discurso hegemônico perpetua suas memórias dizÃveis, enquanto o jornalismo, que propõe o esmiuçar dos problemas naquilo que seria indizÃvel, revela uma camuflagem do indizÃvel que reforça o discurso da memória oficial. No que tange os aspectos teóricos, apontamos como linha de investigação as contribuições de Marialva Barbosa, Michel Pollak, Maurice Halbwachs,Andreas Huyssen e Paul Ricouer.