A partir da memória do medo do crime na cidade do Rio de Janeiro no século XIX, analisamos suas permanências históricas projetadas para o futuro. Entendendo a cidade como um espaço de construção da memória coletiva, procuramos entender as lutas pelo protagonismo popular em suas ruas engendrando medos e polÃticas truculentas e exterminadoras de segurança pública a partir do legado imperial-escravista. A criminalização funcionou, históricamente como fetiche e metáfora encobridora da intensa conflitividade social e dos diferentes projetos de cidade.