Memória, perdão e esquecimento: reconstruindo os horizontes da justiça penal contemporânea a partir das representações simbólicas dos sistemas vindicativos

Revista de Estudos Criminais

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ISSN: 16768698
Editor Chefe: Fabio Roberto D'Avila
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Direito

Memória, perdão e esquecimento: reconstruindo os horizontes da justiça penal contemporânea a partir das representações simbólicas dos sistemas vindicativos

Ano: 2015 | Volume: 13 | Número: 57
Autores: Raphael Boldt, João Maurício Adeodato
Autor Correspondente: BOLDT, Raphael Boldt; ADEODATO, João Maurício | [email protected]

Palavras-chave: Memória; perdão; esquecimento; justiça penal; vingança.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto pretende debater as representações simbólicas do sistema de justiça criminal da modernidade e articular novos horizontes a partir da vingança e dos sistemas vindicativos. Com base, sobretudo, na relação entre a memória, o perdão e o esquecimento, o trabalho procura traçar um breve percurso do justo vindicativo, reconduzindo a vingança à solidariedade. Questiona-se, assim, a percepção tipicamente moderna que renuncia à vingança como mecanismo apto a restaurar o equilíbrio e a igualdade entre a vítima e o desviante. O que se almeja, portanto, é empreender a reconstrução das fontes imaginárias da justiça penal mediante o ingresso do tempo, criando-se, com isso, as condições de uma vingança justa, nos termos de uma justiça relacional.



Resumo Inglês:

This paper intends to discuss the symbolic representations of the modern criminal justice system and articulate new horizons from the revenge and the vindictive systems. Based mainly on the relationship between memory, forgiveness and forgetfulness, the work attempts a short drive of just vindictive, ushering revenge solidarity. Wonders, therefore, the typically modern perception that renounces revenge as a mechanism able to restore the balance between the victim and the deviant. What we aim therefore is to undertake the reconstruction of imaginary sources of criminal justice by the entry of time, creating thereby the conditions of a just revenge, according to a relational justice.