O artigo aborda o problema da sociodiversidade no rio Uraricoera tendo como ponto de partida um caso de memória envolvendo o etnônimo Sapará. Presente na documentação histórica durante o século XVIII, este etnônimo, como tantos outros, começou a desaparecer da documentação durante o século XIX e chegou ao século XX referenciado a alguns indivíduos vivendo entre os Makuxi e Taurepang, no médio Uraricoera. A memória enfatiza ainda o mito de criação e a chegada do branco. O texto sugere ainda que a memória Sapará é uma resposta aos constantes conflitos de terras em Roraima.