O objetivo deste artigo é de analisar a memória e a identidade política da cidade de Guaratinguetá, no interior paulista, que permeiam o Solar Rangel de Camargo, construído em 1866. A casa protagonizou os eventos políticos mais significativos do Brasil entre 1870 e 1940, isto é, final do século dezenove e início do século passado. Tendo mudado várias vezes de dono – pois já está há mais de seis gerações com a família de João Baptista Rangel, tropeiro e cafeicultor paulista – o Solar recebe um carinho oriundo dos moradores citadinos, devido a sua importância histórica paraa cidade. Com a decadência do café, o casarão deixou de ser protagonista na vida da cidade e entrou de vez para a história do Vale do Paraíba, muitas das vezes, jogado no esquecimento do mundo contemporâneo. Para atingirmos nosso objetivo, torna-se importante revisitar sua história, desde as minuciosas atividades em seu cotidiano até sua contribuição para a política brasileira.