Este trabalho objetiva refletir sobre o interdiscurso da música de forró “Beber, Cair e Levantar” e sua relação com o estímulo às culturas permissivas ou superpermissivas para o consumo do álcool. Primeiramente, fizemos uma leitura flutuante dessa música a fim de conhecermos seu conteúdo. Em seguida, realizamos a codificação e a formulação de categorias abstratas e generalizáveis. As categorias que surgiram foram: uso do álcool e o estímulo à sociabilidade; uso do álcool e diversão; e reforço positivo da subcultura do “machismo”. A produção textual permitiu fazer reflexões a respeito de como a música de forró atual pode se constituir permissiva ou, mais empiricamente, superpermissiva ao uso/abuso do álcool nas comunidades. O que sinalizamos nesse momento é o quanto podem ser significativos os processos acumulativos culturais e sua construção de interdiscursos nas instâncias públicas e dentro de lares que não possuem consciência crítica para trabalhar tais processos de associações. Isso pode gerar condicionamentos tendenciosos ao uso do álcool.
This study had as objective to understand the inter-discourse from the ‘Forró’ song “Beber, Cair e Levantar” (Drink, Fall, and Get up) and its relationship with the stimulus to the permissive or super-permissive traditions for alcohol consumption. First, we performed an initial reading of the song to get to know its content. Subsequently, we coded and formulated abstract and generalized categories. The categories that arose were alcohol use and stimulus for sociability; alcohol use and entertainment; and positive strengthening of the “machismo” subculture. Textual production enabled us to reflect on how current ‘Forró’ music may be held as permissive, or as we could say more empirically, super-permissive for alcohol use/abuse in communities. At this point, we highlight how significant accumulative cultural processes and their building of inter-discourse in public authorities, and within homes that do not have critical conscience to deal with such association processes, may be. This may generate tendentious conditioning for alcohol use.