Metáfora e metonímia segundo a abordagem funcionalista: estudo da gramaticalização do É QUE
Signo
Metáfora e metonímia segundo a abordagem funcionalista: estudo da gramaticalização do É QUE
Autor Correspondente: J. B. F. Gomes | [email protected]
Palavras-chave: funcionalismo, metáfora, metonÃmia, gramaticalização, É que
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
É crescente o uso falado e escrito da expressão é que dita “expletiva†tanto no português brasileiro quanto no português europeu. Este trabalho consiste num relato dos resultados de uma investigação empÃrica da emergência da expressão é que. Objetiva apresentar os processo(s)/mecanismos que caracterizam a emergência do uso do é que como relativos a um processo de gramaticalização. No paradigma funcionalista em que se abriga o estudo da gramaticalização, este estudo analisa, diacronicamente, dados amostrais escritos desde o português antigo. Os resultados empÃricos parecem comprovar a hipótese de que a trajetória unidirecional de mudança do é que teve, nos estágios iniciais de gramaticalização, uma motivação semântico-pragmática da metáfora OBJETO/ESPAÇO > TEXTO; além de um mecanismo metonÃmico, por meio de uma reanálise do uso original trecentista é o que em é que.
Resumo Inglês:
There is a growing spoken and written use of the expression é que named " expletive " both in the Brazilian and European Portuguese. This paper reports the results of an empirical investigation of the emergence use of the expression é que. It aims at presenting the processes/mechanisms that characterize the emergence use of the expression é que as related to a process of grammaticalization. From a functionalist paradigm in which the study of grammaticalization is situated, the study analyzes, diachronically, written sample data since the ancient Portuguese. The empirical results seem to confirm the hypothesis that the one-way path to the change of the expression é que had, in the early stages of grammaticalization a semantic-pragmatic motivation OBJECT/ SPACE > TEXT, including a mechanism of metoymy by means of a reanalysis of the 13th century original use of é o que in the expression é que.
