Metáfora e sexualidade da mulher: uma análise discursiva de publicações antifeministas nas redes sociais

Odisseia

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ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

Metáfora e sexualidade da mulher: uma análise discursiva de publicações antifeministas nas redes sociais

Ano: 2022 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Anndra K. S. Balieiro, Claudiana N. P. N. Costa
Autor Correspondente: Anndra K. S. Balieiro | [email protected]

Palavras-chave: discurso antifeminista, redes sociais, Análise do Discurso Materialista

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta uma análise sobre o funcionamento do discurso antifeminista, notadamente sobre os efeitos de sentidos em torno do objeto discursivo “revolução sexual” cuja origem pode ser relacionada ao discurso feminista. O referencial teórico e metodológico é a Análise de Discurso Materialista, partindo dos trabalhos de Michel Pêcheux (1988; 1990; 1999; 2006; 2011; 2014) e seu grupo. O corpus consiste em quatro publicações de páginas autointituladas antifeministas, advindas do Instagram e do Facebook. Destas publicações, destacamos sequências discursivas (COURTINE, 2009) que retomam o objeto “revolução sexual” e identificamos: uma cadeia de significantes que no discurso antifeminista metaforiza-a em “liberação”, “libertinagem”, “promiscuidade” e um conjunto de supostas consequências negativas do movimento feminista para as mulheres e, consequentemente, para a sociedade. Concluímos que a sexualidade da mulher emerge na discursividade antifeminista em relação de franca oposição com o que foi/é defendido pela discursividade feminista e com formação ideológica neoconservadora e neoliberal.



Resumo Inglês:

This article presents an analysis of the functioning of the antifeminist discourse, notably on the effects of meanings around the discursive object “sexual revolution” whose origin can be related to the feminist discourse. The theoretical and methodological framework is Materialist Discourse Analysis, the works of Michel Pêcheux (1988; 1990; 1999; 2006; 2011; 2014) and his group. The corpus consists of four publications collected on self-titled antifeminist pages, hosted on Instagram and Facebook. From these publications, we highlight discursive sequences (COURTINE, 2009) that resume the object “sexual revolution” and we identify: a chain of signifiers that in the antifeminist discourse metaphorizes it in “liberation”, “libertinage”, “promiscuity” and a set of supposed negative consequences of the feminist movement for women and, consequently, for society. We conclude that women's sexuality emerges in antifeminist discursivity in a relationship of frank opposition to what was/is defended by feminist discursivity and with neoconservative and neoliberal ideological formation.