Metáforas da falta ou do excesso de controle na cobertura da clonagem e da pesquisa com células-tronco no Brasil

Revista Comunicação Midiática

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ISSN: 2236-8000
Editor Chefe: Mauro de Souza Ventura
Início Publicação: 31/08/2010
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Metáforas da falta ou do excesso de controle na cobertura da clonagem e da pesquisa com células-tronco no Brasil

Ano: 2012 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: Flavia Natércia da Silva Medeiros
Autor Correspondente: Flavia Natércia da Silva Medeiros | [email protected]

Palavras-chave: metáforas; discursos; clonagem; células-tronco; jornais brasileiros

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde seu nascimento, as modernas biotecnologias têm gerado controvérsias nas quais os pesquisadores envolvidos são acusados de brincar de Deus ou de ter aberto a caixa de Pandora, comparados ao Victor Frankenstein de Mary Shelley ou considerados criadores de admiráveis mundos novos. Este artigo faz uma análise de discurso da cobertura da clonagem e das pesquisas com células-tronco por dois jornais brasileiros: Folha de S. Paulo e O Globo. Seu foco recai sobre as metáforas usadas para significar uma ciência sob controle excessivo ou escasso: “brincar de Deus”, “Frankenstein”, “gênio fora da lâmpada”, “caixa de Pandora” e “admirável mundo novo”. Essas imagens foram conotadas em geral de modo negativo quando associadas com a clonagem reprodutiva. Nos discursos dos defensores da clonagem terapêutica e das pesquisas com células-tronco embrionárias, essas metáforas só foram usadas para ser rechaçadas como sendo fictícias e infundadas ou foram subvertidas, adquirindo conotações positivas.