Objetivo: analisar a correlação entre métodos de avaliação da limpeza e desinfecção de superfícies em unidade de terapia intensiva pediátrica. Métodos: estudo quase-experimental de grupo único, trifásico, realizado em unidade pública. Avaliaram-se a eficácia da higienização de 120 superfícies, realizando 960 medições antes e depois do processo, utilizando a quantificação de trifosfato de adenosina, inspeção visual e contagem de colônias de bactérias aeróbias. Resultados: houve correlação positiva e significativa entre trifosfato de adenosina e unidades formadoras de colônias apenas na fase três, para a poltrona do acompanhante (coeficiente de Spearman = 0,74; valor de probabilidade = 0,038). Nas demais superfícies, nas três fases, não se observaram correlações significativas entre os dois métodos, antes ou depois da limpeza e desinfecção, indicando ausência de associação consistente na maior parte das situações. Conclusão: os métodos apresentam características próprias de sensibilidade e especificidade, não se substituem e são influenciados pela natureza da unidade, pelo tipo de superfície e pelos equipamentos e insumos empregados. Contribuições para a prática: combinar bioluminescência e fluorescência com inspeção visual pode fortalecer protocolos de prevenção de infecções, apoiar decisões gerenciais, qualificar auditorias e aprimorar a atuação de enfermagem na segurança do paciente em áreas críticas.
Objective: to analyze the correlation between methods for evaluating the cleaning and disinfection of surfaces in a pediatric intensive care unit. Methods: a single-group, three-phase, quasi-experimental study conducted in a public unit. The effectiveness of cleaning 120 surfaces was assessed by performing 960 measurements before and after the process, using adenosine triphosphate quantification, visual inspection, and aerobic bacterial colony counts. Results: there was a significant positive correlation between adenosine triphosphate and colony-forming units only in phase three for the caregiver chair (Spearman’s rho = 0.74; p-value = 0.038). For the other surfaces, across the three phases, no significant correlations were observed between the two methods before or after cleaning and disinfection, indicating a lack of consistent association in most situations. Conclusion: the methods have distinct sensitivity and specificity profiles, are not interchangeable, and are influenced by the nature of the unit, the type of surface, and the equipment and supplies used. Contributions to practice: combining bioluminescence and fluorescence with visual inspection may strengthen infection prevention protocols, support managerial decisions, improve audit quality, and enhance nursing performance for patient safety in critical areas.
