Michel de Certeau: História e ficção

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ISSN: 1983-2109
Editor Chefe: Dax Moraes
Início Publicação: 30/11/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Michel de Certeau: História e ficção

Ano: 2012 | Volume: 19 | Número: 31
Autores: Rodrigo Castro Orellana
Autor Correspondente: R. C. Orellana | [email protected]

Palavras-chave: História; escrita; ficção, história da filosofia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo expõe e analisa a concepção de Michel De Certeau sobre a prática historiográfica, identificando uma relação combinatória entre três elementos como dimensão constitutiva do trabalho do historiador. Esses elementos seriam: o lugar social e institucional do qual depende o discurso histórico, os procedimentos específicos da pesquisa historiográfica e uma prática singular da escrita na qual se procura reconciliar racionalidade e ficção. Nesse sentido, fazer história implicaria uma produção narrativa inesgotável e interminável referida ao Outro do passado. A partir dessas chaves, esboçamos finalmente uma problematização da tarefa historizadora da filosofia como um tipo de escrita que se encontra ligada com “o ausente”.



Resumo Inglês:

The article describes and analyzes the design of Michel De Certeau on historiographical practice, identifying a combinatorial relationship between three elements as the constitutive dimension of the work of the historian. These elements are: social and institutional place upon which the historical speech is built, the specific procedures of historical research and a unique practice of writing which seeks to reconcile rationality and fiction. In the latter sense, to make history would imply both an endless and inexhaustible of that referred narrative production to the Other in the past. From these keys, finally it is outlined a problematization in the historicized task of philosophy as a kind of writing that is linked with "the absent".



Resumo Espanhol:

El artículo expone y analiza la concepción de Michel De Certeau acerca de la práctica historiográfica, identificando una relación combinatoria entre tres elementos como la dimensión constitutiva del trabajo del historiador. Estos elementos serían: el lugar social e institucional del cual depende el discurso histórico, los procedimientos específicos de la investigación historiográfica y una práctica singular de la escritura en la que se pretende reconciliar racionalidad y ficción. En este último sentido, hacer historia implicaría una producción narrativa referida inagotable e interminablemente a lo Otro del pasado. A partir de estas claves, se esboza finalmente una problematización de la tarea historizadora de la filosofía como un tipo de escritura que se vincula con “lo ausente”.