O presente artigo objetiva apresentar uma revisão teórico-bibliográfica, colocando-se num caminho filosófico-reflexivo sobre a temática da morte a partir da meditatio mortis do filósofo francês Michel de Montaigne. Tomando a si próprio como objeto de estudo, as experiências vividas e a realidade que o circunda, Montaigne propõe caminhos para uma relação mais saudável entre o ser humano e a morte, vista por ele como parte integrante da existência humana. Na contramão do pensamento vigente em sua época e, por vezes, ainda presente na sociedade atual, o filósofo busca “desmascarar” a morte, geralmente vista com medo e horror, e apresentá-la como algo simplesmente natural. Ao tratar da morte, busca-se valorizar a vida, mostrando que esta deve ser autêntica e digna. Assim sendo, afirma-se que aprender a morrer é saber bem viver.