Micropolíticas de exclusão: as dificuldades no acesso e permanência das pessoas trans na educação

Sociologias Plurais

Endereço:
Rua General Carneiro - 9º andar - sala 906 - Centro
Curitiba / PR
80060150
Site: https://revistas.ufpr.br/sclplr
Telefone: (41) 3360-5173
ISSN: 23169249
Editor Chefe: Patricia dos Santos Dotti do Prado
Início Publicação: 05/10/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

Micropolíticas de exclusão: as dificuldades no acesso e permanência das pessoas trans na educação

Ano: 2018 | Volume: 4 | Número: 3
Autores: A. L. G. Oliveira
Autor Correspondente: André Lucas Guerreiro Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Pessoas trans, Educação, Acesso e permanência,

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pretende-se discutir neste artigo as dificuldades que as pessoas trans apresentam para o acesso e a permanência nos ambientes educacionais. É de amplo conhecimento que a transfobia – violência, preconceito e discriminação que as pessoas trans sofrem – é causadora de grandes dificuldades e desafios na vida destas pessoas, em todos os espaços de convivência, e não seria diferente nas instituições de ensino. Infelizmente, na escola também se aprende e ensina como reproduzir preconceitos e desrespeito às diferenças. O ambiente escolar e o universitário muitas vezes chegam a ser tão hostis às pessoas trans que é frequente a desistência precoce dos estudos. Ainda hoje (mesmo que haja avanços) é incomum a cena de uma pessoa trans que concluiu o ensino superior; ao ponto de que a notícia de uma mulher ou um homem trans finalizando uma pósgraduação, ganha enorme repercussão e notoriedade principalmente nos meios de divulgação nas mídias digitais, como as redes sociais. Neste sentido, o trabalho almeja problematizar estas dificuldades denominandoas como micropolíticas de exclusão, a partir de um referencial foucaultiano. Tais micropolíticas são produzidas nos espaços educacionais e geram desconforto e adversidades para as pessoas trans, obrigando-as muitas vezes a abandonarem os estudos. Salienta-se que se existem poucas políticas de acesso, as políticas para a permanência ainda são incipientes e precárias. 



Resumo Inglês:

It is intended to discuss in this article the difficulties that trans people present for access and permanence in educational environments. It is well known that transphobia - violence, prejudice and discrimination that trans people suffer - causes great difficulties and challenges in their lives, in all living spaces, and would not be different in educational institutions. Unfortunately, at school one also learns and teaches how to reproduce prejudice and disrespect for differences. The school and university environment are often so hostile to transgender people that early withdrawal from school often occurs. Even today (even if there are advances) the scene of a transgender person who has completed higher education is unusual; to the point that the news of a woman or a man completing a postgraduate degree gains enormous repercussion and notoriety especially in the media of digital media, such as social networks. In this sense, the work aims to problematize these difficulties by calling them as micropolitics of exclusion, based on a Foucaultian framework. Such micropolitics are produced in educational settings and generate discomfort and adversity for trans people, often forcing them to drop out of school. It should be noted that if there are few access policies, policies for permanence are still incipient and precarious.