A mimesis e sua perduração na arte: da realidade material à espiritualidade imaterial

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A mimesis e sua perduração na arte: da realidade material à espiritualidade imaterial

Ano: 2024 | Volume: 20 | Número: 2
Autores: H. Lott
Autor Correspondente: H. Lott | [email protected]

Palavras-chave: Mimesis, arte, história da arte, arte contemporânea.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto propõe uma análise pontual sobre algumas das principais acepções que o conceito de mimesis adquiriu ao longo da história da arte ocidental. Iniciamos nossa abordagem com um enfoque especial a partir de duas concepções da filosofia grega clássica. Primeiramente tratamos a respeito da compreensão de mimesis no pensamento de Platão que, por sua vez, direciona uma crítica veemente contra a forma como a arte em geral representa seus conteúdos. Em segundo lugar, nos detivemos no pensamento de Aristóteles identificando em sua obra uma valorização da arte como mimesis, na qual demarcamos seu distanciamento em relação à visão platônica. Em seguida, procuramos mostrar certo número de exemplos que identificam os segmentos mais enfáticos que a elaboração clássica do conceito de mimesis teve dos séculos XVI ao XIX, quando a arte da imitação atinge pouco a pouco o seu ápice. Por fim, examinamos e questionamos até que ponto a arte contemporânea, apesar de toda a desconstrução que realizou em relação às artes do passado, ainda mantém indeléveis ligações com o propósito imitativo.



Resumo Inglês:

This text proposes a punctual analysis of some of the main interpretations that the concept of mimesis has acquired throughout the history of Western art. We begin our approach with a special focus on two conceptions from classical Greek philosophy. First, we address the understanding of mimesis in the thought of Plato, who, in turn, directs a vehement critique against the way art in general represents its contents. Secondly, we delve into the thought of Aristotle, identifying in his work an appreciation of art as mimesis, where we demarcate his departure from the Platonic view. Next, we set off to present a number of examples that identify the most emphatic segments of the classical elaboration of the concept of mimesis from the 16th to the 19th century, as the art of imitation gradually reaches its pinnacle. Finally, we examine and question to what extent contemporary art, despite all the deconstruction it has carried out concerning the arts of the past, still maintains indelible connections with the imitative purpose.