As misericórdias e as transferências de bens: o caso dos Monteiros, entre o Porto e a Ásia (1580-1640)
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As misericórdias e as transferências de bens: o caso dos Monteiros, entre o Porto e a Ásia (1580-1640)
Autor Correspondente: Isabel dos Guimarães Sá | [email protected]
Palavras-chave: transmissão de propriedade; Misericórdias Portuguesas; Misericórdia do Porto; Ãsia portuguesa
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Os testamentos de dois mercadores da mesma famÃlia, envolvidos na viagem do Japão, Antônio e Domingos Monteiro, revelam um
modo de vida marcado pela mobilidade entre vários territórios do Sudeste Asiático, transacionando grande variedade de produtos. Por
meio de sua rede de relações, é possÃvel discernir a presença de parentes seus, sobretudo sobrinhos, e de outros negociantes portuenses,
sugerindo que o modelo português de emigração para o Brasil já estava em ação no Oriente. Embora a transmissão de bens competisse
aos provedores dos defuntos e ausentes, as misericórdias transferiam capitais de defuntos para a metrópole, em detrimento
dos agentes diretos do rei, embora fosse impossÃvel evitar a ingerência destes últimos. Apesar da vontade em fazer chegar o dinheiro
à metrópole rapidamente para convertê-lo em padrões de juro, conveniências do trato, a burocracia régia e litÃgios sucessórios tornavam
moroso o processo de transferência.