O estudo de questões ligadas à cultura, à sociedade e à polÃtica utilizando como fontes primárias mÃdias visuais, entre elas o cinema, é uma metodologia há algum tempo difundida e aceita como possÃvel por grande maioria dos historiadores. Neste artigo, tentamos descrever como a partir da escolha e da crÃtica de um filme produzido por Hollywood durante a Segunda Guerra Mundial pode-se chegar a uma série de detalhes sobre a sociedade que permitiu e fomentou sua veiculação. A produção de um filme como Missão a Moscou (Mission to Moscow, Michael Curtiz, 1943), classificado como pró-soviético em sua essência e reivindicador de uma verdade esclarecedora nos indicam que polÃtica e entretenimento podem se unir para projetar no cinema certas idéias e imagens a fim de (re)criar um estereótipo, seja ele de pessoas, paÃses ou regimes.
The study of questions related to culture, society and politics, using as primary sources visual media, including cinema, is a method that has been widely used and accepted for some time by the great majority of historians. This article seeks to describe how, starting from the analysis of a film produced by Hollywood during the Second World War, one can discover a series of details about the society that permitted and encouraged its circulation. The production of a film like Mission to Moscow (Michael Curtiz, 1943), classified as essentially pro-Soviet and claiming to clarify the truth, indicates to us that politics and entertainment can join together to project in film certain ideas and images so as to (re)create a stereotype, be it of people, countries or regimes.