Objetivo: analisar a prevalência da omissão dos cuidados de enfermagem em unidade de terapia intensiva, segundo a categoria profissional e os turnos de trabalho. Métodos: estudo transversal, realizado em uma unidade crítica de um hospital de ensino, com aplicação do instrumento Missed Nursing Care Survey–Brasil, à 38 trabalhadores da enfermagem. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial; p≤0,05 indicou significância. Resultados: o cuidado mais omitido foi a deambulação do paciente três vezes ao dia ou conforme prescrito. Recursos laborais e materiais foram as principais razões para a omissão, sem diferença estatística entre categorias profissionais e turnos de trabalho. A participação em discussões com a equipe interdisciplinar apresentou diferença entre enfermeiros e técnicos de enfermagem (p=0,027). Constatou-se menor omissão da equipe de enfermagem do período diurno em quatro cuidados (p≤0,05). Conclusão: evidenciou-se elevada prevalência de omissão de cuidados de enfermagem, com diferenças nos itens omitidos entre enfermeiros e técnicos e entre os turnos de trabalho. Contribuições para a prática: os achados colaboram para planejar ações prioritárias que devem ser incorporadas na construção do plano de segurança do paciente e na necessidade de expandir pesquisas sobre o efeito das horas trabalhadas por turno na omissão da assistência de enfermagem.
Objective: to examine the prevalence of missed nursing care in an intensive care unit, by professional category and work shift. Methods: this cross-sectional study was conducted in the critical care unit of a teaching hospital. The Missed Nursing Care Survey – Brazil was administered to 38 nursing professionals. Data were analyzed using both descriptive and inferential statistics; p ≤ 0.05 was considered statistically significant. Results: the most frequently missed care activity was patient ambulation three times a day or as prescribed. Labor and material resources were the primary reasons for missed care, with no statistically significant differences between professional categories or work shifts. Participation in interdisciplinary team discussions differed between nurses and nursing technicians (p = 0.027). Lower rates of missed care were observed among daytime staff for four care activities (p ≤ 0.05). Conclusion: a high prevalence of missed nursing care was identified, with differences in the types of care omitted between nurses and nursing technicians, as well as across work shifts. Contributions to practice: these findings support the planning of priority actions to be incorporated into the patient safety plan and highlight the need for further research on the impact of work shift length on missed nursing care.