Revista Veredas da História

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ISSN: 1982-4238
Editor Chefe: Marcelo Pereira Lima
Início Publicação: 31/12/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

MITO E IMAGEM DO HOMEM SELVAGEM NO MEDIEVO

Ano: 2014 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Flavia Galli Tatsch
Autor Correspondente: Marcelo Pereira Lima | [email protected]

Palavras-chave: : Homem Selvagem; Arte Medieval; Imaginário Medieval.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O mito do homem selvagem teve sua origem em diferentes conceitos de “estado selvagem”, existentes no pensamento grego, hebraico e cristão antigo. No imaginário medieval, o homem selvagem tinha características semelhantes aos europeus, com exceção da longa cabeleira e dos pelos que cobriam seu corpo, exceto o rosto, mãos, cotovelos e joelhos. Destituído de faculdades racionais, vivendo ao ar livre, possuidor de uma força espetacular e desenfreada em seus desejos, era a própria imagem do homem liberto dos controles sociais, aquele em que todos os impulsos libidinosos tinham alcançado o domínio total. Na transição da Idade Média para a Era Moderna, o aspecto negativo do mito cedeu espaço a uma imagem mais positiva: de objeto de medo e aversão, se torna em elemento de inveja declarada e até admiração.



Resumo Inglês:

The myth of the wild man had its origin in different concept of “wilderness”,
existing in Greek, Hebrew and early Christian thought. In the medieval imagination, the
wild man had characteristics similar to Europeans, except for the long hair that covered
his body except the face, hands, elbows and knees. Devoid of rational restraints, living
outdoors, owning spectacular strength and unbridled in their desires, they were the very
picture of man freed from social controls, one in who all libidinous impulses achieved
total dominance. In the transition from the Middle Ages to the Modern Age, the negative
aspect of myth has given way to a more positive image: object of fear and loathing,
becomes an element of overt jealousy and even admiration