Pesam-se aqui as referências marxistas do primeiro Roland Barthes, de modo a ressaltar as diferenças metodológicas de uma nova crítica cultural, informada pela leitura de Saussure. Isso demanda distinguir entre “mistificação” e “mitificação”, assinalando-se a maneira, em seu momento inédita e surpreendente, como Mitologias passa a formular uma semiologia da conotação e a sediar a alienação burguesa na execução da linguagem. A esta outra forma de consciência propomos chamar “consciência partida” ou “consciência infeliz”, todos termos de Barthes, por contraposição à “falsa consciência”, tal como entendida no quadro das premissas teóricas marxistas para o fetiche da mercadoria.
Herein, one addresses the first Roland Barthes’ Marxist references, in order to stand out the methodological differences of a new cultural criticism, learned from reading Saussure. That demands distinguishing between “mystification” and “mythmaking”, featuring the manner how Mythologies*, inedited and surprising in its very moment, begins addressing a connoting semiology and to personate the bourgeois alienation via language élan. One proposes to call that other form of consciousness “Downcast consciousness” or “unhappy consciousness”, both of which are Barthes’ terms, in opposition to “false consciousness”, as it is understood within the set of the Marxist theoretical premises of commodity fetishism.