O uso de dispositivos móveis tem sido uma das principais ferramentas nas ações ativistas que envolvem protestos e outros tipos de mobilização social pelo mundo. Seu uso ficou evidente com a freqüente exposição de imagens de manifestantes usando celulares para se comunicarem durante as ações que derrubaram chefes de Estado na Tunísia e no Egito no início do ano de 2011. Em outros locais onde há intenso controle do Estado sobre o acesso da população à informação, como em Cuba, esta tecnologia funciona como um apoio às práticas de resistência e também como uma alternativa ao acesso à informação. Em ambos os casos, a mobilidade proporciona a renovação de estratégias de ataque desde sempre usadas em ações subversivas contra o Estado. Adicionam-se a ela a velocidade, a expansão geográfica das ações e a capacidade de persuasão das causas apresentadas por meio de estratégias diversas. A inteligência com que os dispositivos móveis vem sendo usados mostra uma nova condição que desafia o controle do Estado, muitas vezes ainda estruturado sob a ótica do poder centralizado.
The use of mobile devices has been a key strategy in activist events involving demonstrations and other kinds of social movements all over the world. Its utilization was evident in the media´s repeated publication of pictures taken on demonstrators´ mobile phones during the actions that have overthrown heads of State in Tunisia and Egypt in early 2011. In other countries where the State controls intensely the access of the population to information, like in Cuba, these technologies support practices of resistance and also work as an alternative to information access. In both cases, mobility provides a regeneration of strategies of attack that have long been used in rebellious actions against the State. Other important contributions of these technologies are the speed at which information is shared, the increased geographical extension of the actions and its capacity of persuading the audience by means of different strategies. The intelligence by which mobile devices has been used shows a new condition that challenges the State control, many times still organized under the eyes of centralized power.
O uso de dispositivos móveis tem sido uma das principais ferramentas nas ações ativistas que envolvem protestos e outros tipos de mobilização social pelo mundo. Seu uso ficou evidente com a freqüente exposição de imagens de manifestantes usando celulares para se comunicarem durante as ações que derrubaram chefes de Estado na Tunísia e no Egito no início do ano de 2011. Em outros locais onde há intenso controle do Estado sobre o acesso da população à informação, como em Cuba, esta tecnologia funciona como um apoio às práticas de resistência e também como uma alternativa ao acesso à informação. Em ambos os casos, a mobilidade proporciona a renovação de estratégias de ataque desde sempre usadas em ações subversivas contra o Estado. Adicionam-se a ela a velocidade, a expansão geográfica das ações e a capacidade de persuasão das causas apresentadas por meio de estratégias diversas. A inteligência com que os dispositivos móveis vem sendo usados mostra uma nova condição que desafia o controle do Estado, muitas vezes ainda estruturado sob a ótica do poder centralizado.